
15h20
Selo de Igualdade racial – mudanças tímidas no mercado de trabalho e processos institucionais de inclusão
O objetivo do painel é apresentar o Selo de Igualdade Racial e a narrativa por trás de sua criação, contexto, legislações e a importância de se ter um instrumento de reconhecimento de boas práticas como esse no cenário que vivemos. Além de trazer a data de lançamento, como será o desenvolvimento deste selo, as expectativas e o modo de atuação em 2021. É importante frisar que o selo vai ser contextualizado com o cenário empresarial, ainda de extrema desigualdade em um cenário que não condiz com a população brasileira, que tem a maioria de pessoas negras.
17h20
Desigualdades, democracia e direitos
O objetivo do painel é promover o diálogo sobre o fortalecimento da democracia e os desafios da agenda de combate às desigualdades e aspectos concretos que possam atrair a atenção da sociedade e de sua mobilização para o tema. A desigualdade na América Latina é muito alta e se agravou com a pandemia implicando em um problema tanto para o crescimento econômico, quanto para a luta contra a pobreza. É importante que o painel aborde também as correlações entre as desigualdades e a natureza da crise das democracias contemporâneas, com o populismo de perfil autoritário que busca enfraquecer instituições críticas como o judiciário, colegiados participativos e a imprensa, entre outros. Como a crise, que poderá se prolongar em precariedade de trabalho, desigualdade social e inúmeras violações de direitos humanos e à vida, poderá ser enfrentada no século XXI?
15h
Abertura -
Um mundo transformado
Participantes:
Apresentação e moderação:
Diálogo sobre como a pandemia global e a paralisação das economias transformou o mundo e as operações do mercado global, retraindo os PIBs e deixando marcas nas sociedades, afetando, sobretudo, o bloco emergente e os países da América Latina. Temos uma grande preocupação sobre como a estrutura social brasileira é afetada pelo choque pandêmico e suas assimetrias, desigualdades sociais e regionais. Como nos preparamos para superar a crise?
16h
Cisnes Verdes e o Capitalismo Regenerativo
O especialista britânico em responsabilidade social, John Elkington, falará sobre seu novo livro, “Green Swans: The Coming Boom in Regenerative Capitalism”, lançado em 2020, e sobre as novas formas de capitalismo que moldam o século XXI.
17h10
A pior Crise da História,
o que isso significa?
Diálogo com economistas sobre os principais danos da retração econômica prevista pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países da América Latina e para o bloco de países emergentes. Precisamos entender como o Brasil, pelo viés da política econômica, busca a mitigação desse cenário e quais são os alertas importantes para o setor privado e para a sociedade.
18h20
O maior desafio da nossa geração e o papel das lideranças empresariais
Participantes:
Moderação:
Os compromissos expostos na Carta Aberta às Lideranças Empresariais, iniciativa do Capitalismo Consciente Brasil, Instituto Ethos, Plataforma Liderança com Valores, Sistema B Brasil, Gife e Akatu foram adotados por mais de 600 lideranças empresariais. O momento exige ação pública e união de esforços para solucionar a crise sanitária, salvar vidas e recuperar a economia. Democracia, redução das desigualdades e práticas para o desenvolvimento sustentável são fundamentais para o futuro.
19h30
Efeito poupa terra e sua importância para o Brasil
O diálogo destacará como o futuro das florestas está implicado no debate sobre desenvolvimento, uso do território, combate ao tráfico de espécies, e sobre como fazer ciência e como promover o direito e o modo de vida dos povos originários. Globalmente, as regiões mais pobres também são as regiões cujas florestas são as mais exploradas ilegalmente, com grave violação dos direitos humanos e de suas populações, como no Brasil, no Congo e no sudeste Asiático. Por que não pensamos em um modelo de desenvolvimento próprio para as florestas? Esse diálogo nos ajuda a promover os caminhos para mudar a realidade do desmatamento.
Semana 2 - Dia 09 de julho
15h
O avanço do debate sobre renda básica e a guinada do bem-estar
Diálogo sobre a ampliação do debate sobre a renda básica universal e os mecanismos para torná-la parte central dos pacotes de estímulo fiscal que os países estão planejando como resposta ao choque da pandemia. Como defender a implantação da renda mínima e seus efeitos para o bem-estar e para o mercado? Concentrar o debate público na renda mínima pode implicar em alterar os investimentos históricos no rentismo e na austeridade. De que forma implementar esse mecanismo de enfrentamento à pobreza?
16h20
A pior crise da história, o que isso significa?
Diálogo com economistas sobre os principais danos da retração econômica prevista pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países da América Latina e para o bloco de países emergentes. Precisamos entender como o Brasil, pelo viés da política econômica, busca a mitigação desse cenário e quais são os alertas importantes para o setor privado e para a sociedade.
17h10
Não demitir - um compromisso e um desafio
Como a pandemia de um lado provoca mudanças no debate econômico e de outro alterna a ênfase dada ao mercado, viabilizando a lógica do resgate de pessoas e ressignificando o valor do trabalho? O debate sobre a necessidade da eficiência das redes de proteção social e de políticas de emprego estão ganhando cada vez mais projeção. No pós pandemia o mundo será mais desigual e o setor privado poderá reafirmar a responsabilidade social e buscar alternativas para a garantia dos empregos.
18h20
Desinformação - custos para as empresas e para a sociedade
Diálogo sobre um dos desafios globais da nossa época, a desinformação ou fake news. Como funcionam as notícias falsas nas mídias sociais, os disparos em massa e o contexto e meios de suas confecções? Durante a pandemia, a OMS enfatizou que sofremos também de um outro tipo de surto, a infodemia. Como nos preparamos para limitar a indústria de notícias falsas e os prejuízos que ela causa para a economia e para a reputação das empresas?
19h30
Direitos Humanos e o legado dos movimentos negros
É urgente operar uma mudança radical na forma como as sociedades lidam com a questão racial. A criminalização, o desemprego, o encarceramento em massa e a morte de jovens negrxs atingem marcas assustadoras. Os crimes de ódio crescem em paralelo ao avanço das agendas da ultradireita e da ofensiva contra a democracia. Isso muda a dimensão de mobilização do movimento negro? A pandemia também expõe ainda mais as desigualdades que assolam o bem-estar dxs negrxs. Como envolver setores da sociedade para transformar essa trajetória na direção da equidade e da justiça social?
Semana 3 - Dia 16 de julho
18h20
Mudanças climáticas e a questão racial
Reflexão sobre as convergências, correlações e contribuições entre o movimento climático e o movimento antirracista. O diálogo abordará como a violência estrutural forma um dos aspectos da crise climática e como a crise climática dá consistência às desigualdades e vulnerabilidade de comunidades, que, apesar de menos contribuírem para o aquecimento global e mudanças do clima, tornam-se as mais vulneráveis, como a própria pandemia e outros desastres têm demonstrado. O painel também destacará conceitos importantes como apartheid climático, gentrificação climática e refugiados climáticos.
19h30
O avanço do debate sobre renda básica e a guinada do bem-estar
Diálogo sobre a ampliação do debate sobre a renda básica universal e os mecanismos para torná-la parte central dos pacotes de estímulo fiscal que os países estão planejando como resposta ao choque da pandemia. Como defender a implantação da renda mínima e seus efeitos para o bem-estar e para o mercado? Concentrar o debate público na renda mínima pode implicar em alterar os investimentos históricos no rentismo e na austeridade. De que forma implementar esse mecanismo de enfrentamento à pobreza?
15h
Conversa com Vanessa Nakate - mudanças climáticas e o futuro da África
Conversaremos com a ativista de Uganda, Vanessa Nakate, que luta para chamar a atenção da comunidade global para os efeitos da mudança climática e do desmatamento e sua pressão sobre a vida selvagem e das comunidades, nos continentes e nos países africanos.
16h20
A pior crise da história, o que isso significa?
Diálogo sobre o desafio imposto à ciência brasileira pelo avanço da pandemia, que reforçou a importância de uma comunidade científica bem preparada, com infraestrutura adequada para as investigações e laboratórios e inserida numa rede internacional de cooperação. Essa realidade será capaz de induzir mudanças nas instituições e no fomento à pesquisa no Brasil?
17h30
O vetor diversidade na superação de crises
Vamos dialogar com empresas reconhecidas no Guia Exame de Diversidade 2020 sobre os avanços e medidas que têm tomado para a promoção da diversidade e inclusão. Durante o diálogo, as empresas terão a oportunidade de apresentar suas ações de diversidade e comentar os principais resultados dessa edição, além de abordar o quanto, em sua percepção, os vetores diversidade e inclusão constituem estratégias para gestão e superação de crises.
Semana 4 - Dia 23 de julho
18h20
Sistema de Integridade - como as compras emergenciais descentralizadas enfatizam sua fragilidade?
O objetivo do painel é abordar as fragilidades do atual Sistema de Integridade Brasileiro. Durante o enfrentamento da pandemia, desde fevereiro, a flexibilização das regras de contratações, viabilizada pela Lei 139791/2020, para dar agilidade a resposta da administração pública à contenção da pandemia e seu impacto no sistema de saúde pública, por meio de compras sem licitações ou mesmo por meio de pregões, implicou em importantes riscos. É muito importante manter o debate crítico sobre o Sistema de Integridade Brasileiro e sua correlação com os avanços e fortalecimento da qualidade da democracia e da transparência na administração pública.
19h30
O paradoxo diversidade-inovação e a representatividade de negros e negras na ciência e tecnologia
O objetivo do painel é promover o diálogo sobre os desafios que os cientistas negros enfrentam e a importância da sociedade civil, empresas e instituições científicas apoiarem a retenção e a produção científica de negros e negras, nos centros de pesquisas públicos e privados. Pesquisadores da Universidade de Stanford, concluíram, ao analisar 1,2 milhão de teses de doutorado, de 1977 a 2015, que o mundo científico norte-americano compartilhava de uma contradição conhecida no universo corporativo, o paradoxo diversidade-inovação. Grupos sub-representados garantem mais pluralidade e capacidade inovadora, mas se beneficiam pouco das inovações que produzem e do mesmo sucesso nas carreiras dos grupos majoritários como homens brancos. Nesse âmbito, existem avanços no Brasil? Hoje, no Brasil, existe preocupação das instituições em debater formas de enfrentar essa contradição e ampliar a representatividade de negros e negras nas ciências e tecnologia?
15h
Mudanças climáticas e a questão racial
Reflexão sobre as convergências, correlações e contribuições entre o movimento climático e o movimento antirracista. O diálogo abordará como a violência estrutural forma um dos aspectos da crise climática e como a crise climática dá consistência às desigualdades e vulnerabilidade de comunidades, que, apesar de menos contribuírem para o aquecimento global e mudanças do clima, tornam-se as mais vulneráveis, como a própria pandemia e outros desastres têm demonstrado. O painel também destacará conceitos importantes como apartheid climático, gentrificação climática e refugiados climáticos.
17h20
Recuperação verde e desenvolvimento regional: os desafios para superar as desigualdades, a pobreza e a mudança climática na América Latina
Vamos dialogar sobre as viabilizações de novos modelos de recuperação para as economias da América Latina e sobre as condições mobilizadoras das lideranças políticas, do setor privado e lideranças sociais para um debate cooperativo e que tenha como alvo o amadurecimento das democracias, do bem-estar comum e do desenvolvimento sustentável regional. A experiência da pandemia freou o pequeno crescimento do bloco da América Latina da última década, configurando a maior contração do PIB regional desde a década de 1930. Os Estados precisam investir na recuperação econômica e cumprir um papel importante diante da ameaça da pobreza. Impõe-se um debate urgente: o resgate do Estado priorizará os velhos paradigmas de desigualdade social e a velha economia predatória dos recursos naturais? Ou focará em estratégias de transformação socioecológica que olhem para o enfrentamento de questões estruturais e promovam o desenvolvimento sustentável regional?
Semana 5 - Dia 30 de julho
15h
Recuperação verde e desenvolvimento regional – os desafios para superar as desigualdades, a pobreza e a mudança climática na América Latina
Luis Ulla
Ferdinando Cuturi
Dessa vez, vamos dialogar com organizações empresariais especializadas em responsabilidade social da América Latina sobre as viabilizações de novos modelos de recuperação para as economias da região e sobre as condições mobilizadoras das lideranças políticas, do setor privado e lideranças sociais para um debate cooperativo e que tenha como alvo o amadurecimento das democracias, do bem-estar comum e do desenvolvimento sustentável regional. A experiência da pandemia freou o pequeno crescimento do bloco da América Latina da última década, configurando a maior contração do PIB regional desde a década de 1930. Os Estados precisam investir na recuperação econômica e cumprir um papel importante diante da ameaça da pobreza. Impõe-se um debate urgente: o resgate do Estado priorizará os velhos paradigmas de desigualdade social e a velha economia predatória dos recursos naturais? Ou focará em estratégias de transformação socioecológica que olhem para o enfrentamento de questões estruturais e promovam o desenvolvimento sustentável regional?
17h20
As vantagens de rever o modelo de contratação pública e sua transparência
O objetivo do painel é aprofundar a reflexão e o exercício comparativo entre diferentes modelos de compras públicas, como o descentralizado e o centralizado, seus impactos econômicos e como afetam os instrumentos de controle e transparência, tensionando as competências e os mecanismos de combate à corrupção. Tendo o contexto da pandemia como referência, o que ainda precisamos aprender para sofisticar a prevenção à corrupção e a transparência? Como os estados excepcionais de emergência se configuram como uma realidade que sensibiliza ainda mais o sistema de integridade nacional?
18h30
Petrobras oferece: o papel das empresas durante a pandemia - integração em responsabilidade social empresarial, direitos humanos e inovação
Com base nos exemplos de mobilização do setor privado e no lançamento do Guia de Recomendações na perspectiva da responsabilidade social em contexto de pandemia, o objetivo do diálogo é abordar como a tomada de decisão das empresas para a construção de respostas rápidas para a minimização dos impactos negativos, desafiam os mecanismos, as políticas, a produção e os processos das empresas. Como as empresas podem fortalecer os vínculos com a responsabilidade social e com a agenda do desenvolvimento sustentável? O painel abordará a experiência de uma grande empresa brasileira do setor de óleo e gás e do Sebrae para dialogar sobre o fortalecimento dos pequenos e médios negócios.
19h30
A retroalimentação da desinformação e como ela nos desvia de problemas importantes
Nesse painel vamos conversar sobre as correlações entre o choque pandêmico e a fragilidade das democracias. Em diferentes países, observa-se o avanço de ataques abertos às instituições democráticas, à liberdade, às fiscalizações e controles sociais que restam, intimidando a sociedade civil, a produção científica e a mídia. Ainda precisamos entender como essa fragilização das democracias impactará a recuperação das economias e o avanço dos modelos de justiça social e ambiental no pós-pandemia.
Semana 6 - Dia 06 de agosto
15h
Abertura - Pandemia no Brasil: a reparação de danos coletivos e as responsabilidades pelas mortes evitáveis
O objetivo do painel é dialogar sobre o Alerta da Sociedade Civil sobre as mortes evitáveis pela Covid-19, destacando a importância da ampliação do debate sobre a responsabilidade civil do Estado, a demanda indenizatória e a reparação de danos coletivos face à tragédia no Brasil. Próximo aos 100 mil mortos, o país desperdiçou a oportunidade de se tornar um exemplo mundial, sobretudo entre o bloco dos países em desenvolvimento no enfrentamento à pandemia. Colocar esse tema em debate é uma oportunidade para ampliar as reflexões sobre as políticas de austeridade que tiraram bilhões da saúde e da educação e das gravíssimas implicações das desigualdades que expõem os contingentes mais pobres da população e os subgrupos, menos representados nos espaços políticos de decisão e econômico de produção, ao risco de morte.
16h10
Eleições limpas e seguras - como a pandemia pressiona o processo eleitoral em 2020?
O objetivo do painel é dialogar sobre os desafios que pressionam o processo eleitoral em 2020, dado o contexto da pandemia, bem como reforçar os meios que promovem eleições livres e limpas, expressão de uma democracia madura, segura e legítima.
17h20
Estórias e sabedoria - um diálogo com Dona Cici
Essa é uma oportunidade única para sentarmos e ouvirmos estórias de Dona Cicí, que, aos 80 anos, não cansa de ensinar e encantar. Cicí trabalhou por muitos anos com o etnólogo Pierre Fatumbi Verger no processo de catalogação e legendagem de 11 mil fotografias.
Hoje é uma das maiores contadoras de estórias da cultura afro-brasileira. Nesse momento, por meio de estórias, mitos e lendas, Cicí abordará temas como tolerância, racismo, o cuidado com a tradição e os aprendizados para um presente em que a pandemia, angustias e desigualdades assolam as pessoas.
18h30
Fogo na Amazônia: iniciativas indígenas no manejo e no combate às queimadas
Sônia Guajajara
Fabrício Amorim
Oferecida pela Conferência Brasileira de Mudança do Clima, essa atividade apresentará um diálogo sobre as iniciativas indígenas de enfretamento às queimadas, que com as brigadas indígenas, espalhadas por mais de 34 terras indígenas, representam uma das principais frentes de combate aos incêndios florestais, que aumentam a cada ano devido ao desmatamento, as mudanças climáticas e ao próprio contexto político que favorece invasões de terras e o avanço do garimpo.
Na Amazônia Legal a destruição de cerca de 435 mil hectares por incêndios criminosos em 2019 colocou o Brasil no centro de uma crise política internacional. São as terras indígenas que, ameaçadas por invasores e pelo garimpo, apresentaram um aumento nos alertas de desmatamento e, por isso o cuidado com a floresta e o conhecimento profundo sobre seu próprio território faz com que as iniciativas indígenas se destaquem na prevenção e combate aos incêndios florestais.
Semana 7 - Dia 13 de agosto
15h
América Latina e Mercosul: as empresas e as alternativas e planos para sobreviver à pandemia e promover o desenvolvimento sustentável regional
O objetivo do painel é promover um diálogo entre empresas com grande estrutura e cadeias produtivas na América Latina e suas principais adaptações na região para o enfrentamento dos efeitos da recessão. Como alerta a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) no relatório "Panorama fiscal da América Latina e do Caribe 2020", o enfrentamento para conter os efeitos da pandemia na economia da América Latina ocorrem em um ambiente macroeconômico pouco favorável e altamente incerto, devido ao espaço fiscal limitado e dívidas públicas equivalentes a 45,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Enquanto a Cepal estima uma contração para a região de 5,3% e o Fundo Monetário Internacional (FMI) uma contração ainda maior de 9,4%, como as empresas pensam e reveem suas operações, estruturas, mercado e logística na região? Nesse contexto, há espaço para o planejamento de uma reestruturação mais sustentável para o momento de uma recuperação pós-pandemia?
16h10
Refinamento de informações e privacidade: o que a pandemia nos ensinou?
Queremos entender com este diálogo, como a pandemia acelerou os debates em torno da segurança da informação, caracterizando-a como um dos grandes desafios da próxima década. Durante a pandemia, governos em todo o mundo recorreram a tecnologias de monitoramento sob a justificativa de uma medida emergencial para acompanhar o isolamento social, isso ajudou a ampliar o debate sobre a privacidade. Diferentes modelos buscaram dados mais fáceis de serem agregados, enquanto outros maior precisão do deslocamento e ainda os que se tornaram mais invasivos e individualizados. Smartphones e outros dispositivos individuais vestíveis e mesmo dispositivos de vigilância coletiva, como drones, foram utilizados para alertar, acompanhar pessoas e mesmo partes de cidades sobre os níveis de deslocamentos. Isso traz à tona a preocupação sobre o destino dos dados utilizados, sobre o marco de desagregação dos dados, sobre o refinamento rápido da informação. Como podemos potencializar o entendimento e a crítica social acerca da privacidade, bem como salvaguardar com mais afinco as informações individuais, sobretudo quando podem ser utilizados para fins políticos?
17h20
Mais Brasil, menos Brasília: federalismo brasileiro e a autonomia municipal
Nesse painel, faremos um diálogo sobre o federalismo brasileiro e a autonomia municipal, sobre o arranjo atual, seus limites e desequilíbrios e a possibilidade de uma reorganização frente à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Pacto Federativo. Nesse contexto, é importante aprofundarmos o conhecimento sobre os efeitos de projetos que retirem ou diminuam parcelas de competência tributária, autonomia ou recursos dos municípios para os serviços e para o bem-estar da população.
18h30
O comércio de Informações: como as Big Techs conquistam países, desafiam nossos direitos e transformam nosso mundo
Este é um diálogo sobre o livro “The Information Trade: How Big Tech Conquers Countries, Challenges Our Rights, and Transforms Our World”, publicado em 2020 pela HarperCollins. Nesta obra a autora compara as Big Tech a estados líquidos, que atuam ativamente na atualidade em defesa, diplomacia, infraestrutura pública e serviços de cidadania – e isso, os diferencia de outras grandes corporações. Companhias como essas possuem recursos, muitas vezes, superiores aos de Estados, formam esforços de contraterrorismo e abrem escritórios diplomáticos junto a ONU e União Europeia. Esse diálogo nos ajuda a entender as grandes companhias de tecnologias como corretores de poder político e como isso transforma as relações e parcerias com os governos.
19h30
A questão de gênero e a mudança climática no semiárido brasileiro
Participantes
Moderação:
Nesse painel vamos dar visibilidade ao empoderamento das mulheres do semiárido, por meio da agroecologia e suas experiências exitosas no enfrentamento à mudança do clima. O protagonismo da mulher no sertão contemporâneo é uma realidade e a agricultura familiar de base agroecológica uma importante ferramenta para a melhoria da qualidade de vida das mulheres do campo e de suas famílias.
Semana 8 - Dia 20 de agosto
15h
Trabalho precário e trabalho subestimado - a crise pode ressignificar algo?
Participantes:
Apresentação e moderação:
O objetivo do painel é discutir a precarização do trabalho que enreda um número cada vez maior de pessoas que levam uma vida de insegurança, entrando e saindo de empregos que conferem pouco significado as suas existências. Frente a uma grande pressão da globalização para extensão do trabalho temporário, por tarefa, é importante que o diálogo aborde porque devemos nos preocupar com o crescimento da precarização. O século XXI vem aprimorando a combinação de tecnologias, a privação de benefícios sociais, a privação dos benefícios das empresas e a flexibilidade salarial, com salários cada vez mais baixos, variáveis e imprevisíveis. O que a pandemia nos ensina sobre os trabalhadores precarizados e suas exposições redobradas aos riscos e à falta de proteção social? O que essa reflexão pode nos ensinar sobre formas de trabalho e o uso do tempo?
16h10
Sequestro de dados e extorsão digital ou criptoviral - o mercado de informações sigilosas e estratégicas
O objetivo do painel é promover o diálogo sobre os ataques de dupla extorsão que vitimam e tornam vulneráveis empresas em todo o mundo, inclusive no Brasil. Na modalidade, cibercriminosos invadem os sistemas, sequestram dados e deixam a rede interna criptografada pedindo resgate pelas informações sigilosas referentes a planejamento tributário, processos, riscos fiscais e litígios. Em 2020, durante a pandemia, o Brasil foi alvo de mais de 60% dos ataques identificados na América Latina, sobretudo grandes empresas de capital aberto, que são obrigadas a cumprir regras de divulgação de fatos considerados relevantes. Mas, ainda se trata de um relato incomum entre as empresas na relação com seus investidores e mercados. Qual o tamanho dessa ameaça cibernética que já se mostra como a de maior rentabilidade para a cibercriminalidade e por que o Brasil é o segundo país com maior crescimento em modalidades de crimes cibernéticos? Em que medida pequenas e médias empresas podem se transformar em alvos importantes dessa modalidade de crime e devem estar atentas a essa realidade?
17h20
Como a pandemia afetou os negócios agroextrativistas e a agricultura familiar?
A proposta do painel é dialogar sobre como a pandemia afetou gravemente, no campo e na floresta, agricultores familiares, negócios comunitários e extrativistas que ficaram sem ter para quem vender suas produções, sobretudo para o mercado local imediato, e, consequentemente, ficaram sem renda. No Brasil, agricultores familiares e extrativistas formam uma população estimada em 18 milhões de pessoas e a crise destacou a necessidade de aprofundar o debate sobre o fortalecimento da agricultura familiar e do agroextrativismo. Como priorizar os estímulos para o pequeno produtor? Como o setor privado pode se constituir como importante aliado nesse processo? Que soluções geraram alternativas a esses pequenos produtores e suas comunidades durante a pandemia?
18h30
Desigualdades regionais e o lugar da Amazônia no processo de recuperação verde pós-pandemia
Participantes:
Adriana Ramos
Angela Mendes
Caetano Scannavino
Julio Barbosa Aquino
Moderação:
O objetivo do painel é dialogar sobre a dificuldade que o país enfrentou e enfrenta para minimizar os impactos da Covid-19 na região amazônica. Vivemos em um país que tem bastante dificuldade em conciliar desenvolvimento, floresta em pé e necessidade dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses, caiçaras, raizeiras, quebradeiras-de-coco, entre outros. Os caminhos de saída para a crise atual passam pela proteção dos territórios e pela participação nas decisões que dizem respeito a seus direitos e modos de vida. Mas, como disputar a construção de um futuro pós-pandemia que enfoque a Amazônia como um espaço de diversidades, de cosmologias, de realidades de produção sustentável fundamental para o país?
Semana 9 - Dia 27 de agosto
15h
Como as empresas se preparam para superar a pandemia e gerenciar futuras incertezas?
O objetivo do painel é dialogar sobre a recuperação produtiva no Brasil após o choque de ausência de demanda que paralisou setores inteiros como efeito da pandemia global. Com importante queda no faturamento, alguns setores ainda enfrentaram a alta do dólar e a queda de preços do petróleo. Nesse contexto, a reestruturação corporativa e a renegociação de dívidas se tornou uma realidade para empresas de diferentes portes e setores. Como resposta para frear a crise, a União Europeia fez uma alteração histórica no seu modelo orçamentário, bem como países desenvolvidos liberaram, em média, de 8% a 12% do PIB para gerar renda e demanda; no Brasil, o percentual chega a 5%, somando-se a isso os desafios da desigualdade estrutural e o agravamento do desmatamento. No diálogo, queremos abordar como esse cenário altera a realidade da estrutura de capital das empresas e os ativos do Brasil em outros mercados, bem como entender quais são os indutores de políticas econômicas aguardados pelas grandes empresas brasileiras. Quais mudanças as empresas adotam para ajudar as cadeias de suprimentos a se proteger em futuras rupturas ou incertezas?
17h20
As pequenas e médias empresas e os desafios para sobreviver à pandemia
Nesse painel, falaremos sobre as dificuldades das pequenas e médias empresas que sucumbiram à queda nas receitas, falta de crédito, acúmulo de dívidas, dificuldade de negociações. Vamos abordar como elas atravessaram a paralisação econômica e se veem às voltas com adaptações e inovações em seus modelos de negócio, canais e parcerias para atravessar a recessão que marcará a economia brasileira e latino-americana.
18h30
Morte na floresta - um diálogo com a antropóloga Aparecida Vilaça
Conversa com a antropóloga Aparecida Vilaça, professora do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisadora do povo indígena Wari’, do sudoeste amazônico. Em formato de entrevista, o diálogo percorrerá curiosidades, denúncias e reflexões presentes no livro “Morte na floresta”, lançado em 2020.
19h30
O aperfeiçoamento das técnicas e o mercado do reconhecimento facial - o debate sobre erros, privacidade e preconceitos
O objetivo do painel é dialogar sobre o mercado da tecnologia de reconhecimento facial que pode movimentar US$ 7 bilhões até 2024, segundo a consultoria MarketsandMarkets, mas que acirra o debate sobre o viés dos algoritmos e inumeráveis dúvidas sobre a privacidade, consentimento e usos de dados. Embora seja a grande tendência no setor de segurança pública, a tecnologia traz em seu bojo uma grande ameaça para a privacidade, os direitos humanos e as populações negras em todo o mundo, tendo em vista o crescente número de estudos que apontam que a tecnologia é mais propensa a cometer erros de identificação de rostos de negros e negras do que de pessoa brancas. Recentemente, IBM, Amazon e Microsoft anunciaram o abandono ou a suspensão de seus produtos e serviços, mas passaram a mensagem ao Congresso Americano de que é necessária uma regulação com maior abrangência sobre ética. Há grandes players nesse campo nos EUA, China, Israel e na Ásia, bem como diferentes tecnologias e mercados para uso do reconhecimento facial. Ainda é um grande desafio para a tecnologia nos convencer que a inteligência artificial funciona muito melhor do que realmente funciona? Como as pessoas se informam ou se preparam para entender as formas de consentimento e usos de informações? Essa é uma preocupação do setor e dos principais players?
Semana 10 - Dia 03 de setembro
15h
Crise climática e transformações educacionais - o desafio para o qual temos pouco tempo para nos preparar
Diálogo com o filósofo Bernardo Toro sobre as convergências entre a crise climática e a pandemia global e como essas adversidades podem estimular transformações educacionais e políticas. Com a crise, estamos aprendendo que as sociedades menos afetadas são aquelas que possuem um sistema público de saúde, aquelas cuja infraestrutura social de proteção não foi privatizada e totalmente corroída pelo avanço recente das políticas de austeridade e neoliberais. Esse contexto nos ajuda a refletir sobre a solidariedade, redes sociais de proteção, o cuidado mútuo e o quanto esses mecanismos sociais são importantes para um enfrentamento bem-sucedido à pandemia, ao invés de se recuar a estados autoritários, situações menos democráticas e privação de liberdade. A pandemia não pode ser usada para justificar ambições autoritárias e coloca um desafio urgente no campo do pensamento, da crítica e da educação. Como essa experiência poderá modificar as subjetividades e os movimentos que advogam o enfrentamento às mudanças climáticas e suas correlações às causas por democracia, equidade e justiça social?
16h10
Petrobras oferece:
Ciência e educação ambiental - vetores para reduzir a ameaça aos biomas e à biodiversidade brasileira
O objetivo do painel é promover o diálogo sobre a intensa correlação entre pesquisa, ciência, participação comunitária e educação ambiental para a proteção dos biomas brasileiros, suas espécies endêmicas e a sócio-biodiversidade. O painel apresentará casos de experiências bem-sucedidas no Brasil, que promovem mecanismos de convivências com a floresta em pé, extrativismo sustentável e proteção de biomas, em parceria com programas de investigação e comunicação científicas e educação ambiental envolvendo comunidades locais e reforçando a conscientização da sociedade sobre a crise climática e o desmatamento. Esperamos que esses casos nos ajudem na reflexão de que, além das questões de governança ambiental, desinvestimentos na formação científica e educação ambiental, também colocam em risco a convivência amistosa da sociedade com os biomas e com a floresta em pé.
17h20
Viés algoritmo e mathwhasing - a desconstrução da neutralidade e a educação ética do programador
Esse é mais um debate sobre o viés algoritmo, como podem ser encontrados onde menos se espera. Os algoritmos são criados para automatizar decisões e facilitar a vida das pessoas, mas as programações podem dar escala a comportamentos indesejáveis como racismo, misoginia e homofobia. Algoritmos captam preferências dos usuários e podem captar preferências políticas. Podemos perpetuar preconceitos partindo da premissa ingênua de que a matemática é neutra, isentando quem dela se beneficia da responsabilidade, como um mathwashing. A programação pode ser responsável pelo preconceito embutido nos resultados? Como educar o programador anti viés? Como as empresas se estruturam para fazer supervisão humana à inteligência artificial?
18h30
Automação e negócios digitais são prioridade pós Covid-19?
19h30
Efeito poupa terra e sua importância para o Brasil
Muitas experiências no campo conciliam o aumento da produtividade agropecuária e a conservação sem ampliar a área cultivada, destinando mais espaço para a restauração da vegetação. Conforme estudos, esse tipo de metodologia poderia aumentar em 25% a produção de culturas agrícolas entre milho, mandioca, arroz, sorgo, cana e trigo, e em 113% a produção de carne e leite no Brasil. Tudo isso, somente com ajustes das técnicas, mais pesquisa e arranjos locais. Uma pesquisa que correlacionou dados do censo agropecuário e mapas do IBGE, Centro de Sensoriamento Remoto e do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás, aponta que 2714 municípios brasileiros poderiam aumentar sua produtividade e vegetação nativa ao mesmo tempo. O que é preciso para esse tipo de metodologia ganhar mais adesão entre os empreendedores do campo no Brasil? Quais são os atuais obstáculos das práticas de poupança de terra no campo brasileiro?
Semana 11 - Dia 10 de setembro
18h30
Reforma tributária sustentável por uma economia de baixa emissão de carbono
Esse é um diálogo sobre a reforma tributária verde e o papel que ela pode desempenhar no incentivo à economia de baixa emissão de carbono. O painel irá discutir os efeitos da criação de um "imposto verde", seus reflexos para a economia brasileira, para destinação a fundos e os principais entraves para o avanço da proposta. O imposto sobre emissões já existe em 25 países, entre os quais Suécia, Suíça, França, Finlândia, Espanha, Polônia, Japão, Argentina, Chile, Colômbia, Portugal, Irlanda, México, Noruega, Dinamarca e Canadá, cujos produtos tributados com esse tipo de imposto são combustíveis como gasolina, diesel, gás natural, carvão, produção de eletricidade com combustíveis fósseis além de veículos (automóveis e caminhões, por exemplo), fábricas poluidoras, entre outros. No Brasil, os principais defensores da proposta destacam que a tributação sustentável pode favorecer a competitividade dos produtos com baixa emissão de carbono na sua produção e ainda gerar mais de 6 milhões de empregos. Como as empresas acompanham esse debate e analisam os impactos de um imposto seletivo? Como a reforma tributária sustentável ou “verde” pode influir no processo de retomada da economia pós-pandemia?
19h30
Brasil pela democracia - um diálogo sobre as guinadas na democracia e no liberalismo
O painel vai apresentar ao público da Conferência Ethos o movimento Brasil pela Democracia e pela Vida e convidar o público do evento a conhecer e acompanhar a programação da Live Democracia Vive, que vai acontecer no dia 13 de setembro. Vamos dialogar e refletir sobre a cruzada do liberalismo autoritário que fragiliza as democracias no século XXI, em que o caso Cambridge Analytics, no âmbito internacional, deu visibilidade a uma indústria a margem da lei, capaz de influenciar os pleitos em todo o mundo, ameaçar a privacidade e dar vazão para forças que reiteram a austeridade, práticas de intolerância e um novo tipo de cooperação transfronteiriça entre líderes populistas e autoritários. No Brasil, as eleições de 2018 e a crise em torno da pandemia do coronavírus podem se tornar novos marcos históricos, para além da característica de um mandato conflitivo e tumultuado, mas, sobretudo, pelas alternativas de desmonte de proteção social, de direitos sociais, de fiscalização e de proteção do meio ambiente, justificada por uma renovação no campo político, que tira de cena partidos e modelos que se renovaram desde a Nova República, e por um disfarce ultraliberal em assuntos econômicos. Essa é a cruzada de um Estado forte para uma “economia livre” e o alerta de que a permanência das desigualdades sociais e econômicas, a despeito do clima de liberdade e participação, alertam para uma democracia incompleta e precária. Quais os recursos que nossa democracia tem para seu amadurecimento? Que lições poderão se traduzir em políticas que atendam à necessidade dos milhões de vulneráveis que se avolumam nas atuais e mais severas crises?
15h
A crise da tecnologia social mais eficaz contra a seca no semiárido: as cisternas
O objetivo do painel é abordar o impacto da redução da destinação do orçamento da LOA (Lei Orçamentária Anual) para o programa de cisternas e suas consequências para as famílias do semiárido, para os municípios e para o desenvolvimento sustentável do Nordeste. Com a redução do investimento, a cada ano o programa enfrenta importantes quedas no número de cisternas construídas para consumo humano, produção de alimentos e cisternas escolares, inviabilizando a urgente universalização do acesso à água no semiárido brasileiro. Como a redução da construção de cisternas pode representar um agravamento para a crise hídrica, um freio para a economia e a demanda do Nordeste brasileiro, implicando em grande risco para a região, sobretudo aproximando a marca da fome à realidade da região no século XXI, com o agravante da recessão atual e do avanço das mudanças climáticas? Quais alternativas as organizações e o consórcio nordeste têm buscado para garantir a ampliação do programa e o acesso à água e como a crise pandêmica impacta a relação com parceiros, fundos e agências capazes de suportar o programa?
16h10
O varejo mais digitalizado: as transformações pós-pandemia e as soluções mais sustentáveis
O objetivo do painel é abordar as transformações que a pandemia implicou para o varejo brasileiro, para a cadeia logística e para o canal digital, visto que o Brasil é reconhecido como o principal mercado de comércio eletrônico da América Latina. Também queremos aprofundar o diálogo sobre como as organizações estão reimaginando suas estratégias multicanais e digitais, criando condições para entender comportamentos emergentes. Que lugar a pressão, as mobilizações e as soluções mais sustentáveis, amigáveis com os pequenos e médios fornecedores, o consumo local, o monitoramento ampliado das cadeias, a ética digital, a educação do desperdício e a própria redução do consumo, ocupam nessa redefinição do varejo?
17h20
Grilagem na Amazônia: um olhar do território sobre o roubo de terras públicas
O objetivo do painel é discutir as principais características dos esquemas de grilagem e as alternativas políticas que estimulam a corrida para apropriação de terra pública visando lucro com a titulação. É importante que o debate também aborde as soluções para o passivo fundiário que existe na Amazônia, visto que é comum encontrar produtores que ocupam e produzem na terra há muitos anos sem terem recebido títulos de terra, mesmo cumprindo os requisitos legais para regularização dessas posses. Quais as correlações entre a privatização na região, o desmatamento ilegal e a violência no campo?
Semana 12 - Dia 17 de setembro
18h30
Greentechs e desenvolvimento sustentável - empreendedorismo com vocação científica
O objetivo do painel é promover o diálogo sobre a pesquisa científica e os casos de startups baseadas em ciência e tecnologia que conectam universidades, seus centros de investigação e conhecimento ao mundo empresarial e que enfrentam desafios sociais, tecnológicos e ambientais. O painel irá discutir como esses modelos se tornam possíveis e a importância de transformar culturalmente os centros de investigação para que a ciência possa ser usada para criar negócios escaláveis e mercados lucrativos. Cidades verdes, cadeias sustentáveis, descarbonização, mudanças do clima, redução da poluição, segurança alimentar, crescimento inclusivo, etc, exigem inovação social e tecnológica. O painel também apresentará casos e produtos que caracterizam o papel revolucionário das greentechs.
19h30
Por uma bioeconomia inclusiva e que mantenha de pé a floresta
O objetivo do painel é promover o diálogo sobre a centralidade da bioeconomia para o desenvolvimento sustentável brasileiro, para assegurar a biodiversidade e a proteção ambiental. Cadeias produtivas da floresta, compra de matérias-primas de produtores locais, produtos naturais botânicos, aliados a modelos de exploração de serviços do ecossistema, fazem com que a floresta tenha mais valor em pé do que deitada, associando geração de empregos verdes a geração de renda. Segundos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a bioeconomia movimenta no mercado mundial cerca de 2 trilhões de euros e gera cerca de 22 milh